Um Pequeno ‘Peteleco’ que Pode Mudar Tudo
- Lúcia Garcez Livramento
- 1 de out.
- 1 min de leitura

Me pego pensando em como a análise tem o poder de transformar toda uma vida. Ao conversar com colegas, percebo que, na clínica, muitas pessoas chegam com a vida organizada como um dominó: todas as pecinhas enfileiradas, cuidadosamente dispostas. Mas, mesmo assim, algo ainda dói. Algo ainda falta.
Organizar a vida dessa forma não foi simples — muitas vezes, não foi do jeito que se quis, mas é o que se conseguiu. E é natural sentir orgulho dessa organização. Por isso, mesmo que incomode, é assustador imaginar que qualquer peça possa se mover. Reconhecer a possibilidade de mudança assusta, mas é justamente aí que entra a análise.
No processo terapêutico, mexer em uma única peça pode parecer arriscado, como se pudesse derrubar toda a sequência. E, de fato, algumas peças caem. Mas isso não é perda: é a chance de reorganizar tudo de uma forma que faça sentido de verdade, de acordo com o que cada pessoa deseja, e não apenas como a vida foi sendo conduzida automaticamente.
As peças vão sendo movidas, algumas linhas se desfazem, outros caminhos surgem. É nesse movimento que nasce a possibilidade de criar algo novo — uma vida menos sofrida, mais alinhada com o que se deseja de fato.
A análise nos convida a derrubar certezas, abrir espaço para a questão e construir novas formas de viver. É nesse “peteleco inicial” que o verdadeiro trabalho começa, e cada mudança, por menor que pareça, carrega o potencial de transformar tudo.
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